Você sabe como evitar que o usuário de drogas volte à dependência química? A prevenção à recaída é uma etapa importante do tratamento, e precisa de total atenção, principalmente de familiares e pessoas que acompanham a reabilitação.

Para identificar se o paciente está prestes a recair e fazer uso de substâncias químicas, é primordial estar atento a alguns sinais. Sim, o comportamento entrega pistas de que o usuário pode estar passando por um momento difícil de evitar. Veja quais são:

Sinais de recaída das drogas

Se você conhece o paciente, deve conhecer o seu comportamento normal, sua postura diante de algumas situações e perceber quando há algo que não está bem. Os sinais percebidos são apontados no comportamento, no emocional e nas condições físicas.

Acompanhe os principais:

Depressão

O quadro de depressão é comum para muitas pessoas no processo de reabilitação. Isso porque o transtorno depressivo é uma doença que afeta negativamente os pensamentos, emoções e estado físico, e pode ser desencadeada pelo uso ou pela falta da substância.

Em muitos casos, a droga é uma “bengala” para lidar com outras questões, e assim, a depressão pode ser provocada pelo uso ou pode ser um problema que leve o usuário ao consumo.

Exaustão

As condições físicas também dão sinais que ajudam na prevenção à recaída. A exaustão e a falta de disposição são agravantes em tratamentos, e podem dar oportunidade para que o paciente volte a dependência química.

Se o paciente apresenta cansaço extremo, falta de vontade para fazer atividades simples e de rotina, acione o alerta. Preste atenção no paciente e acompanhe de perto os motivos que o levaram a esta condição.

Substituição da dependência

Para lidar com o uso frequente, perceba se o usuário não fez substituições nos seus hábitos e na sua rotina. É recomendado estimular em quem está no processo de reabilitação atitudes saudáveis, serenas e que promovam o bem-estar.

Se as mudanças percebidas fazem bem, tudo está ok. Agora, se a dependência foi substituída por outras drogas ou atitudes prejudiciais, é um sinal de uma possível recaída.

Impaciência e irritabilidade

O estado emocional e comportamental impaciente revelam que o usuário pode estar passando por um momento difícil. Comum na fase de abstinência, a impaciência pode levar o usuário a perder o controle e ficar vulnerável ao uso de drogas.

Cuidar da saúde mental, do emocional e de todas as esferas do indivíduo fazem parte do tratamento e ajudam na prevenção à recaída.

Afastamento

Se o paciente se afasta de quem acompanha o seu tratamento, sejam familiares, amigos ou profissionais, pode ser mais um sinal de recaída. Para não sentir vergonha ou possibilidade de ser impedido do uso, o usuário pode simplesmente se isolar e não querer estar próximo de pessoas que o apoiam.

Ausência sem motivo

Se o paciente foca ausente por muitas horas, sem explicação de onde esteve e com quem pode ser que ele esteja passando por momentos complicados e esteja se aproximando das drogas, mais uma vez.

Crises emocionais

Ansiedade, tristeza, falta de sentido na vida. As crises emocionais acontecem com qualquer pessoa, usuária de drogas ou não. Porém, no caso de quem trata a dependência de substâncias químicas, elas podem ser gatilhos que levam a recaídas. Em algumas situações, servem como suporte ou desculpa para justificar o retorno ao consumo.

Estratégias para a prevenção de recaída

Agora que você tem consciência que, sim, a recaída pode acontecer, saiba como é possível ajudar o paciente nesta situação extremamente delicada. Sim! Familiares e amigos próximos são essenciais e podem auxiliar muito mais do que imaginam.

Veja algumas estratégias que ajudam a identificar e a prevenir à recaída nas drogas:

  • converse muito com a pessoa: estimular o diálogo constante, aberto e verdadeiro, é uma das principais estratégias para ajudar dependentes químicos na recuperação;
  • demonstre apoio e carinho: mostre o quanto o paciente é importante, o quanto você se preocupa com a vida dele, sem julgamentos. Ceda atenção, preocupação e tempo ao lado;
  • incentive a prática de atividades físicas: o exercício e a prática de esportes são grandes aliados no tratamento de usuários de drogas. Estimule, convide para as práticas, acompanhe, vibre junto. Além da recuperação, é um bem que ele levará para a vida;
  • promova hábitos saudáveis: alimentação balanceada, meditação, leitura, filmes e outras ações são atitudes que ajudam a ter uma vida mais saudável, e que ajudam a afastar o contato do usuário com as drogas;
  • mude a rotina: leve novos estímulos para retirar o paciente de um dia a dia parado e sem novidades. Convide para cursos, façam uma horta, cuidem do jardim, adotem um animalzinho de estimação. Mude o dia a dia e agregue responsabilidades prazerosas;
  • aumente a autoestima: ajude o usuário a cuidar da aparência. Um bom corte de cabelo, cuidados com o corpo e com a higiene auxiliam na autoestima. Além disso, reconheça novos hábitos e elogie. Faça com que ele perceba o bem que está fazendo para si e para ou outros ao estar longe das drogas;
  • fique de olho nas companhias: infelizmente, algumas pessoas precisam ser afastadas do convívio de quem está no processo de recuperação. Amigos com hábitos que não são saudáveis ou duvidosos não costumam ajudar na prevenção à recaída;
  • esclareça que a volta para clínica é uma opção: converse sobre isso de forma tranquila e consciente. Explique que o retorno para a clínica de recuperação pode ser necessário. Questione como ele se sente e converse abertamente sobre isso. O retorno nunca deve ser visto como um tabu, mas como uma necessidade, uma ajuda de extrema importância e em alguns casos, fundamental.

Ficou evidente para você que o retorno ao uso de drogas pode acontecer em qualquer caso de dependência? Se sim, ótimo! Estar consciente disso é o primeiro passo. O segundo é saber como identificar sinais e utilizar as estratégias para que a prevenção à recaída seja efetiva.

Converse com a Clínica Êxodos em qualquer circunstância e saiba como lidar. Tire suas dúvidas, busque recursos e sempre conte com apoio profissional.

 

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