A codependência é basicamente o vício em sofrimento. As pessoas que apresentam esse comportamento normalmente justificam a existência do seu relacionamento como uma forma de responsabilidade e necessidade de manter ou aceitar um vínculo negativo e abusivo.

Além de acontecer com relacionamentos interpessoais, a codependência também costuma aparecer nas famílias dos dependentes químicos, que sofrem igualmente com a perda de um ente querido para o vício nas drogas.

Nesses casos específicos, os familiares se sentem obrigados a aceitar os comportamentos autodestrutivos dos dependentes, que por sua vez, também não conseguem se “soltar” dos seus familiares por conta da sua necessidade de atenção ou de cuidados.

No geral, essas relações são extremamente danosas para ambas as partes e acabam por diminuir a qualidade de vida, autoestima e várias outras facetas dos indivíduos que estão presos em uma circunstância que aparenta não ter solução.

Neste post, falaremos mais sobre o tema, informando os principais problemas que a codependência pode causar para ambas as partes. Pronto para saber mais a respeito? Continue sua leitura até o final!

A eliminação da autoestima e os problemas interpessoais

A princípio, a primeira coisa que a codependência faz é arrasar com a autoestima de ambas as partes. Com conflitos frequentes, todos os envolvidos passam a ter uma sensação de impotência e de incapacidade para solucionar as questões que causam as discussões ou desentendimentos.

Na maioria dos casos, os familiares se sentem incapazes e completamente incapacitados por resolverem um problema de um dependente químico, que por sua vez, também costuma se sentir péssimo pela incapacidade de autocontrole e pela sua própria degeneração física.

Ao longo do tempo, essa relação pode se estreitar e tomar caminhos cada vez mais negativos, fazendo com que até mesmo a integridade física de ambas as partes estejam em risco.

Vale mencionar que, a princípio, não vale a pena apontar dedos ou descobrir um “único culpado” para o problema de dependência química. Normalmente, uma pessoa com vício em drogas apresenta uma infinidade de motivos e razões que a levaram ao consumo de substâncias ilegais.

Em alguns casos é somente a vontade e curiosidade de experimentar, enquanto em outras, há uma fuga da realidade por conta de problemas familiares, pessoais ou até mesmo emocionais por conta do dependente.

Portanto, a busca por um “culpado” único não só é impossível de encontrar, como é uma medida contraprodutiva que ajuda a piorar toda a circunstância.

A dificuldade para conhecer a realidade

A codependência também costuma gerar uma completa incapacidade dos envolvidos para conhecer a realidade como de fato ela se apresenta. Em muitos dos casos, os familiares acreditam que o dependente simplesmente continua utilizando as substâncias por vontade ou por uso recreativo, quando na verdade, se trata de uma doença e de uma necessidade vital para sua sobrevivência.

Em contraparte, alguns dependentes costumam também ter uma visão distorcida da realidade, onde costumam perceber seus familiares como retrógrados, “caretas” ou demasiadamente rígidos com relação aos seus hábitos e comportamentos.

Isso acontece por várias razões, mas a mais importante de ser mencionada é a completa incapacidade de um dependente de reconhecer seu problema, fato que não só é comum como completamente esperado para uma pessoa que não consegue ficar sóbria.

Um viciado costuma ter dificuldade para mencionar o seu vício porque, em muitos casos, praticamente não o reconhece. E como as substâncias costumam alterar a consciência e sua fisiologia, pode se tornar cada vez mais difícil ter uma noção do tempo ou do uso praticamente ininterrupto de substâncias que geral alteração cognitiva.

Lembrando que, o mesmo pode acontecer com o álcool e outras drogas legais, como medicamentos, por exemplo.

O desequilíbrio nas relações entre dependente químico e codependente

Também vale mencionar que por muitas vezes os dependentes químicos colocam seus familiares (os codependentes) em situações que dificilmente correspondem com o que é esperado de um adulto ou de um indivíduo saudável.

Por estarem mergulhados no vício, é extremamente comum perceber um dependente que não consegue trabalhar ou realizar as atividades e tarefas mais comuns do cotidiano, o que ajuda a sobrecarregar seus familiares e entes queridos.

Essa dinâmica gera uma relação conflituosa que normalmente impõe novas demandas e necessidades nas pessoas que já apresentam vida estabilizada e dentro dos parâmetros de normalidade.

Muitos familiares acabam se sentindo culpados ou responsáveis pelo vício, e por conta disso, se tornam codependentes e acabam facilitando ou aderindo aos comportamentos autodestrutivos daqueles que estão passando por grave problema com as drogas.

É importante informar que os familiares não devem reforçar e nem aceitar todos os comportamentos. Ao perceber esses problemas o correto é buscar por ajuda profissional para conseguir efetivamente solucionar o vício e garantir a saúde do dependente.

As principais etapas da codependência

Agora que você já sabe o básico sobre uma relação de codependência, chegou o momento de falarmos sobre as suas etapas. Veja mais sobre elas logo abaixo.

Negação

Uma relação de codependência comumente é pautada — pelo menos inicialmente — pela negação. Ambas as partes negam estarem atreladas em um relacionamento abusivo ou demasiadamente negativo. Isso perpetua os conflitos e principalmente os comportamentos (de ambas as partes) que devem sofrer modificações.

Desespero

Uma vez que essa relação está minimamente estabelecida, é notório o desespero de ambas as partes. Nenhum dos lados apresenta inteligência emocional ou controle sobre as circunstâncias. Os dependentes costumam ter mudanças bruscas de humor, assim como os familiares que sempre ficam emocionalmente abalados com o uso e com a deteriorização do seu ente querido em meio ao vício com as drogas.

Controle

Em determinada etapa, é natural que uma — ou ambas as partes — busquem por controle de forma brusca. Os familiares se tornam cada vez mais rígidos e tentam controlar a vida dos dependentes por inteiro, inclusive colocando medidas razoavelmente questionáveis. Em contrapartida, os dependentes também podem controlar seus familiares pedindo dinheiro e demonstrando cada vez uma necessidade maior para utilizar as drogas. As relações se tornam intensas e com uma clara disputa de poder.

Exaustão emocional

Por fim, é possível perceber claramente a exaustão emocional de ambas as partes. Isso acontece por conta dos conflitos frequentes e pela sensação incapacidade diante dos problemas com as drogas. A exaustão emocional pode agravar ou levar a problemas emocionais (ou psicológicos) mais sérios, como a depressão, ansiedade entre outros.

Ao identificar cada um desses sintomas e problemas, ressaltamos a importância e a necessidade imediata para a busca de profissionais qualificados. Vale ressaltar que tanto a família quanto o dependente precisam de ajuda para conseguir vencer o vício e reestabelecer uma relação saudável, respeitosa e prazeirosa.

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O que é codependência

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